Veja 25 atitudes para combater a ansiedade e emagrecer

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A ansiedade é uma das maiores dificuldades e o maior obstáculo para quem está querendo emagrecer. Fisiologicamente, o estresse passou a ser o representante emocional da ansiedade e psicologicamente a ansiedade pode mobilizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação da realidade. Por isso a pessoa ansiosa quase sempre confunde fome com vontade de comer. 

Estar constantemente ansioso por alimentos pode estar diretamente relacionado com os transtornos alimentares e, nesses casos, é importante procurar ajuda profissional. Entretanto, se você costuma atacar a geladeira apenas nos momentos de maior estresse, saiba que algumas atitudes podem diminuir ou controlar sua ansiedade alimentar. Quem dá as orientações para ajudá-la a driblar a 'comilança' é o psicólogo e membro da Associação Brasileira para Estudos sobre a Obesidade, Marco Antonio De Tommaso. Ele lembra que a finalidade das dicas não é "deixar de sentir ansiedade, mas aprender a lidar com ela". 

- Fazer "regime" é grande fonte de ansiedade. "Regime" está ligado à punição, privação, frustração. É "tudo ou nada" ou a gente faz e "não come" ou não faz e devora o que vem a frente. Troque o "regime" por uma orientação nutricional personalizada, equilibrada e saborosa! Quem faz regime quer resultados para ontem... 

- Não tente abreviar o processo bancando a "faquir", pulando refeições ou jejuando para "ir mais rápido". Além de não adiantar, sua ansiedade será aumentada e você irá direto para o prato. Não fique sem comer por mais de 3 ou 4 horas. Isso favorece os ataques à comida 

- É normal sentir ansiedade diante de situações novas e não previstas . Planeje, dentro do seu estilo de vida, horários aproximados e constantes para suas refeições e o que irá comer. Você se acostumará a sentir fome nestes horários.

- Fome não é catástrofe! Quando senti-la, tenha calma. Observe que sentirá sensações diferentes da "vontade de comer" (um certo vazio no estômago, às vezes fraqueza). Não vá como uma doida para qualquer alimento. Aceite-a tranquilamente como uma sensação saudável do seu organismo que você irá satisfazer com a comida que foi planejada, ingerida lentamente, muito bem mastigada, concentrando-se "com todos os sentidos", saboreando cada bocado, fazendo pausas entre as garfadas. De quando em quando preste a atenção na sensação de saciedade que está aparecendo. Pergunte-se "ainda estou com fome?" Se estiver, coma um pouco mais, senão pare! Acostume-se a comer porque tem fome e não porque há comida disponível. 

- Claro que existem alimentos que devem ser ingeridos dentro de limites, mas não os elimine. Cuidado com "alimentos proibidos": eles causam muita ansiedade, tentação, depois culpa e sensação de "estar tudo perdido". Não "tranque a boca". Abra-a com responsabilidade.

- Pior que "sair da dieta" é "achar que saiu da dieta". A culpa, a sensação de fracasso, leva a uma baita ansiedade que poderá levá-la a comer muito mais. O problema de um bombom a mais é levar à caixa toda, como forma de autopunição. 

- Aceite seus "escorregões". Encare esses episódios com serenidade. Caiu? Levanta! Errou? Corrige! Falhas ocorrerão e deverão ser encaradas como oportunidades para aprendizagem. Valorize o que você já fez. Não fique lamentando o que não fez ou o que deveria ter feito! 

- Inclua o prazer na sua dieta e em todo o seu estilo de vida. Mudar estilo de vida é mudar hábitos. Um novo comportamento só irá se constituir um hábito se for prazeroso. Comida monótona, ruim, sem gosto leva ao desânimo! Mas lembre-se: prazer não é quantidade, mas qualidade. O prazer de comer é proporcionado pelo tempo em que mantemos pequena porção do alimento em contato com a papila gustativa! 

- Da mesma forma, faça exercícios físicos que lhe deem prazer. O melhor exercício é aquele que, mesmo cansada hoje, você sente vontade de fazê-lo amanhã e não o que é só uma obrigação chata que você não vê a hora de se livrar. 

- Não fique o dia todo pensando em sua dieta e maldizendo-se porque está acima do peso. Aprimore os outros aspectos da sua vida. Divirta-se, leia, encontre seus amigos. Aumente suas fontes de prazer e não evite situações porque está "gorda". 

- Pergunte-se o que você espera do emagrecimento. Não espere resolver todos os seus problemas adquirindo uma silhueta mais fina. O desapontamento pode ser grande... 

- Verifique se não está havendo uma "ligação direta" da ansiedade decorrente de dificuldades de resolver problemas no dia a dia com a comida. O único "problema" que a comida resolve é o da fome e da nutrição. Os demais precisarão de outras alternativas. 

- Cuidado com os falsos padrões de beleza, inatingíveis para a maioria das pessoas. A busca de um falso objetivo torna-se muito angustiante. Não existe beleza sem saúde e você pode ser bonita sim, sem renunciar à sua individualidade. Desenvolva uma "identidade estética". Seja você mesma! 

- Fuja do mito do "peso ideal". Troque-o por "peso viável". Aquele clinicamente saudável, que a deixe bonita e que seja fácil manter. Respeite seu tipo físico.

- Desenvolva sua auto estima ou estará sempre ansiosa e insatisfeita. Lembre-se que, tão importante como ser ou estar bonita é sentir-se bonita! Beleza é uma questão de imagem e autoimagem! 

- Não tenha pressa para emagrecer. Você ficará ansiosa, frustrada, sempre com a sensação de que "não está dando certo" e daí para a comida é um pulo... 

- Cuidado com a "balanço mania". Pesar-se toda hora, todo dia traz enorme grau de frustração. A flutuação de peso é esperada e mal interpretada é realmente angustiante. 

- O estresse é companheiro da ansiedade. Desenvolva mecanismos anti estresse. Pratique atividades prazerosas, alguma forma de relaxamento, alguma atividade esportiva recreativa e não competitiva, administre seu tempo. Faça aquilo que você pode realmente fazer em determinada situação. Não se preocupe com o que não pode ser feito. Não adiante nada e você ficará menos ansiosa. Inclua-se na sua agenda! 

- A compulsão alimentar é disparada pela ansiedade. Identifique os primeiros sinais de risco (pensamentos, situações, emoções etc) e faça algo que seja prazeroso e incompatível com ato de comer. Tenha consigo uma lista destas atividades e as acione ao primeiro sinal de ansiedade. Visitar ou telefonar para uma amiga, fazer uma atividade física, digitar um trabalho no computador, escrever, pintar ou fazer um trabalho de argila. 

- Adie o mais possível a satisfação do impulso de comer. Se ao sentir os primeiros sinais de ansiedade você der uma caminhada verificará que sua "vontade" de comer diminuiu. O tempo é seu grande aliado! 

- Não tenha alimentos de risco em casa. Se você sentir-se ansiosa para devorar chocolate e tiver que sair para comprá-lo ganhará tempo. Compre só uma unidade. Volte para casa, anote no seu diário alimentar que irá comê-lo. Espere cinco minutos e coma-o lentamente. O chocolate não foi proibido e o impulso foi bastante enfraquecido. Se estiver ansiosa por um bolo, prepare-o mas não o tenha em casa. Leve o que sobrar para o trabalho e divida com os colegas. 

- Algumas formas de ansiedade alimentar decorrem de problemas psicológicos não resolvidos: afetivos, conjugais, de relacionamento, sexuais, timidez excessiva, depressão, etc. não exite em procurar ajuda de um profissional. Muitas vezes estes fatores mantêm a obesidade e, tratados, levam a pessoa ao emagrecimento. 

- Determinados momentos da vida, mal avaliados, geram grande ansiedade. A mãe que criou seus filhos pode sentir-se "sem função". Suas fontes de prazer escasseiam e a comida poderá ser priorizada. Se você criou e encaminhou seus filhos, parabéns! Mas a vida não acabou. Faça um curso, reúna suas amigas, vá à academia. Cultive outras formas de prazer! 

- Estabeleça metas viáveis. Por exemplo, começar a caminhar dez minutos todos os dias esta semana. Certamente poderá cumpri-las. Propostas do tipo "vou correr 10 km por dia", se você é sedentária, são descabidas e causam frustração. Gratifique-se a cada meta conquistada! 

- Você deve emagrecer, por sua saúde, sua beleza, sua vontade. Não para agradar quem quer que seja. Desenvolva uma motivação interna. 

Autor: Marco Antonio De Tommaso é especializado em Psicologia Clínica Geral, transtornos de ansiedade, de personalidade e transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia e compulsão alimentar). 
Fonte: Bonde

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