Automutilação atinge jovens dos 15 aos 29 anos.

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A automutilação é um distúrbio de comportamento que faz com que o paciente agrida o próprio corpo ao sentir profunda tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma.
Trata-se de um transtorno psiquiátrico grave que exige tratamento, terapia e medicação. Um estudo realizado na King's College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália entrevistou 1.943 adolescentes de 44 escolas de todo o estado de Victoria, Austrália, com idade entre 15 e 29 anos. 149 relataram automutilação, as meninas mais do que os meninos. Porém, participantes que relataram autoagressão durante a adolescência não relataram mais automutilação na idade adulta e jovem, mas há continuidade registrada em meninas, mais do que em meninos.
Durante a adolescência, os incidentes de automutilação foram associados de maneira independente com sintomas de depressão e ansiedade, comportamento antissocial, de alto risco de uso de álcool, drogas e cigarro.
A pesquisa afirma que a detecção precoce e tratamento dos transtornos mentais comuns durante a adolescência podem constituir um componente importante e até então não reconhecido de prevenção do suicídio em adultos jovens. O número assusta quando vemos que um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede. Para aqueles que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração. O problema é mais comum entre mulheres de 15 a 24 anos.

O que causa automutilação?

Em entrevista a revista Época, a socióloga da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos Patricia Adler, que estudou durante dez anos automutilação, juntamente com o marido, o sociólogo Peter Adler, afirma que casos como esses são fruto da criação de uma cultura tolerante à autoagressão. os jovens se cortam porque acham a vida dura. Ela conta que a automutilação era uma patologia mental discreta até os anos 1990, quando artistas e celebridades começaram a assumir a prática em público e, com isso, estimularam mais jovens a se agredir. Porém, a pesquisadora afirma que muitas pessoas entrevsitadas na pesquisa planejavam seus ferimentos de forma racional, pensando naquilo como uma válvula de escape para dias tensos ou como fatores que lhes acalmavam.


Grupos sobre autolesão na internet
Os adeptos da autolesão querem encontrar outras pessoas como eles e falar sobre isso. É uma oportunidade para contornar o tabu. Para os que costumam se automutilar é importante encontrar outras pessoas que fazem o mesmo e achar as normas da comunidade.
Os especialistas afirmam que existe uma espécie de ciclo natural para o fim deste problema. Mas, em casos muito sérios, tratamentos e clínicas são soluções. As comunidades na internet também funcionam como um centro de compartilhamento dos problemas e algumas pessoas se ajudam a largar o ‘vício’ da automutilação.

Por Catharina Apolinário


3 comentários:

  • Anônimo disse...

    Eu tenho 14 anos e mi mutilo a 2 anos já tentei para mais não consegui hj sei que estou viciada pq hj nem presizo mais de motivos para mi mutilar virou abito =/

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